domingo, 19 de maio de 2024

Documentário sobre Lula é aclamado no Festival de Cannes

 Filme dirigido por Oliver Stone e Rob Wilson narra a vida do presidente desde sua infância até sua ascensão no movimento sindicalista e a fundação do PT

19 de maio de 2024, 21:31 h

Lula
Lula (Foto: Ricardo Stuckert / PR)

 O documentário "Lula", dirigido por Oliver Stone e Rob Wilson, foi aclamado na noite deste domingo (19) durante sua exibição no Festival de Cannes. Parte da mostra "Sessões Especiais", o filme sobre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atraiu um público diverso que lotou a sala Agnès Varda.

Stone, conhecido por obras politizadas como "Platoon" e "JFK", apresentou o filme destacando a trajetória única de Lula. “Ele é um dos poucos líderes que veio da classe trabalhadora, que aprendeu a ler tarde e que luta intensamente por suas opiniões”, afirmou o cineasta. Stone expressou profunda admiração por Lula, mencionando que o documentário oferece uma visão apaixonada e crítica sobre o presidente.

"Lula" narra a vida do presidente desde sua infância em Pernambuco, passando por sua chegada a São Paulo, sua formação profissional, o acidente de trabalho que lhe custou um dedo, até sua ascensão no movimento sindicalista e a fundação do Partido dos Trabalhadores (PT ). A obra foi descrita pelos produtores como um “feel good movie”, apesar de abordar temas complexos da política brasileira, incluindo a Operação Lava Jato, o golpe contra a presidente Dilma Rousseff, a prisão de Lula e a eleição de Jair Bolsonaro.

A recepção calorosa incluiu aplausos intensos e gritos de "obrigado" para Stone e sua equipe. Alguns espectadores entoaram cânticos em homenagem a Lula. O cineasta agradeceu emocionado, elogiando o público presente.

O documentário também aborda a influência dos Estados Unidos na política brasileira, com Stone afirmando que houve interferência norte-americana na destituição de Dilma Rousseff e na prisão de Lula. Depoimentos de figuras como Glenn Greenwald e Walter Delgatti Neto (conhecido como o "hacker da Vaza Jato") reforçam essa tese, criticando a atuação do judiciário e da mídia